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Por mais que isso pareça estranho, a ideia de um modelo de transação que pode ser revertido partiu do próprio Vitalik Buterin em uma postagem de Twitter de 2018, onde ele dizia:
“Alguém deveria aparecer e emitir um ERC20 chamado ‘Ether Reversível’ que é 1:1 apoiado por ether, mas tem uma DAO que pode reverter as transferências em N dias.”
Quando o mestre Buterin fala, a gente sabe que tem um conceito genial a ser trabalhado por ali. Por exemplo, a Uniswap nasceu de uma ideia proposta em 2016 por Vitalik Buterin para uma bolsa descentralizada (DEX) que empregaria um market maker automatizado com características únicas. O que parecia uma ideia louca virou a maior DEX do mercado.
Mas então, qual a ideia genial por trás desse tuíte de 2018 e o que está acontecendo agora?
Um trio de pesquisadores da Universidade de Stanford propôs essa semana a criação de um padrão de token que pode ter sua transação desfeita.
O propósito disso seria o combate aos frequentes roubos, fraudes e hacks que vem acontecendo entre protocolos e projetos de criptomoedas. Somente no ano passado, mais de 14 bilhões de dólares foram para a mão de pessoas mal-intencionadas na rede.
Assim, a sugestão é de uma versão reversível de ETH e NFTs que daria aos seus proprietários uma curta janela de tempo para que pudessem apelar a um painel descentralizado de juízes.
Dessa forma, as transações poderiam ser inicialmente congeladas. Caso verificada a fraude, os fundos seriam novamente enviados para a carteira de origem.
É importante frisar que a possibilidade de reversão não estaria disponível para toda a rede, e sim aos novos padrões de tokens apenas, que podem ser chamados de ERC-20R e ERC-721R. A sua utilização seria opcional aos projetos da rede Ethereum.
Outro ponto que não podemos esquecer é que uma transação só poderia ser desfeita em um curto período, como 3 dias. Então, esse julgamento por uma DAO precisaria ser bem ágil.
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