TELESCÓPIO
CRIPTO

O Bitcoin está como?

Interrompendo uma sequência de 4 semanas consecutivas superando o índice S&P 500 e NASDAQ, o Bitcoin perdeu por pouco a corrida nos últimos 7 dias e terminou o período com valorização de 1,60%.

Os investidores seguem monitorando as conturbadas condições macroeconômicas, especialmente os dados que serão divulgados a partir de quinta-feira, quando o Banco Central Europeu decidirá sobre suas taxas de juros e será conhecido o PIB americano no terceiro trimestre do ano.

As últimas duas leituras já apontaram uma recessão técnica na maior economia do mundo, podendo "cair a ficha" dos investidores e autoridades monetárias para outro desafio além da inflação.

No cenário técnico o Bitcoin segue sem maiores atualizações, ainda operando em região de consolidação nos preços que tem derrubado sua volatilidade para o menor patamar em mais de 2 anos e com dificuldade em se manter acima dos US$20.000.

Um eventual rompimento da Linha de Tendência de Baixa (LTB) amarela, ou do suporte marcado pelo retângulo em nosso gráfico, deve levar a um novo e intenso movimento nos preços, mas que ainda depende de maiores confirmações.

Na semana passada a Tether, emissora do USDT, anunciou que os tokens de sua stablecoin estarão disponíveis em mais de 24 mil caixas eletrônicos no Brasil a partir do dia 3 de novembro, pela parceria com a SmartPay.

A empresa já havia feito uma integração com o PIX e alegava que era possível pagar com tokens de Tether em qualquer lugar que você pudesse pagar pelo PIX.

Agora, além disso, onde existe um Banco24Horas será possível converter tokens USDT em reais.

Já vimos em nosso Telescópio que USDT lidera o ranking de criptomoedas com mais volume transacionado no Brasil. Segundo a Tether, mais de US$ 1,4 bilhão foi movimentado usando USDT em 79.836 operações em agosto, com um valor médio de quase US$ 18.000 por transação.

O serviço visa facilitar e popularizar o uso da stablecoin, já que será possível mandar Tether da exchange diretamente para o caixa eletrônico.

Mais que isso, a nova integração de USDT visa proporcionar aos 34 milhões de adultos desbancarizados no Brasil uma oportunidade de acesso ao ecossistema de moeda digital e à nova revolução financeira.

Fundador da Polkadot deixou o projeto?

Nos últimos dias algumas notícias foram postadas pelo mercado e davam a entender que Gavin Wood, cofundador da Polkadot, tinha abandonado a criptomoeda.

Ou, pior, algumas pessoas chegaram a falar que “o CEO da Polkadot” largou o cargo. Vamos entender com calma o que tá acontecendo, já que rolou essa confusão(e desinformação) por aí.

Na verdade, Gavin Wood deixou o seu cargo de CEO na Parity Technologies, que é a principal empresa que dá suporte ao ecossistema Polkadot. Ele ainda permanecerá como acionista majoritário da Parity Technologies e Björn Wagner, seu cofundador, se tornará o novo CEO.

Além do mais, Wood se concentrará em tornar a Polkadot "mais relevante para grandes faixas da população", já que vai continuar a trabalhar em prol do projeto, mas agora como arquiteto-chefe.

Segundo Gavin, isso ajudará a comunidade a projetar e construir várias bases de aplicações integradas em cadeia que são cruciais para a entrega de uma verdadeira plataforma Web3.

Fica bem claro então que houve um pouco de FUD na notícia ao se tratar a Parity Technologies como a própria Polkadot. E, provavelmente, FUD pior foi dizer que havia um abandono de Wood, quando o que ele fez foi trocar seu cargo por uma função ao qual ele aparenta acreditar que será mais útil ao ecossistema.

Isso não deveria ser encarado como algo positivo?

Então, fica a dica, seja em notícias de FUD ou de FOMO: relaxa, respira e analisa com calma o que você lê antes de tomar uma decisão. Às vezes algo é escrito com o único intuito de te convencer a tomar uma decisão equivocada no mercado.

E, para terminar, vamos lembrar o que é FUD e FOMO?

Um FUD é uma informação, muitas vezes falsa ou distorcida, espalhada com o intuito de causar temor no mercado.

O caso da notícia da Polkadot é um FUD porque pega uma situação normal de troca de função e dá a entender que uma pessoa relevante está largando a criptomoeda e seu ecossistema.

Quando lemos a notícia sem conhecer toda a realidade, a tendência é pensar, erroneamente, que se até o fundador do projeto caiu fora, a gente também deveria pular do barco, né? (FUD gerado com sucesso!)

Já FOMO é quando uma euforia é gerada sobre um ativo, e você começa a sentir medo de perder uma oportunidade de ouro passando em sua frente.

FOMO pode acontecer por notícias distorcidas, mas também é comum ser um movimento de efeito de manada entre as comunidades de criptomoedas.

Um exemplo é como Elon Musk utilizou o Twitter para impulsionar o preço da Dogecoin no ano passado. Não existiam fundamentos para a subida de preço. Os aumentos eram causados pelo apoio do fundador da Tesla e a ação coordenada dos investidores.

O problema de cair em FUDs e FOMOs é que eles tendem a levar o preço para picos de baixa ou alta que são temporários. Afinal, uma hora a mentira é descoberta ou a confusão é desfeita.

Então não saia desfazendo de suas moedas logo de cara quando todo mundo está vendendo por uma notícia ruim que você nem verificou. Muito menos compre um ativo só porque todo mundo tá comprando ou porque já valorizou muitas vezes.

A chance de perder dinheiro ao agir no calor da emoção é bem maior do que você ficar rico, viu?

Pra se dar bem no mercado cripto, é melhor mesmo ter a calma e sabedoria de um sábio chinês…

O velho dá lugar ao novo. A migração de uma geração para a outra enterra costumes e abre espaço para o avanço tecnológico.

O grosso do dinheiro atual está na mão de uma geração analógica, mas que possui herdeiros digitais. O impacto disso será monumental.

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