TELESCÓPIO
CRIPTO

Panorama de Mercado e o preço do BTC

Em nova semana de recuperação para os mercados globais, quando sobem os principais índices acionários e commodities, as criptomoedas também acompanham e adicionam mais de US$20 bilhões em capitalização de mercado.

Embora a expectativa de altas menos intensas nas taxas de juros pelo FED tenha ajudado na valorização das ações recentemente, o índice S&P 500 vem testando importante linha de tendência de baixa que já dura quase 1 ano e, com isso, pode voltar a sofrer resistência.

Já o Bitcoin, que vinha apresentando dinâmica de movimentação de preços bastante similar aos índices americanos durante todo o ano de 2022, quebrou sua correlação de 30 dias recentemente e tem se mantido em território negativo.

Caso essa dinâmica de correlação se mantenha, o Bitcoin pode iniciar seu movimento de recuperação mesmo em um cenário de queda para os índices americanos.

Porém, para que isso se concretize é necessário antes superar o importante nível dos US$18.000, que ofereceu suporte aos preços por quase 5 meses, mas a partir de sua perda passa a oferecer resistência.

Telegram de olho na descentralização

Pavel Durov, CEO do Telegram, acredita que é perigoso dar muito poder às mesmas organizações. Ele disse isso após refletir sobre o caso FTX, completando que “os usuários de criptomoedas devem mudar para transações sem confiança e carteiras auto-hospedadas que não dependam de terceiros”.

A proximidade de Durov e blockchain é conhecida. Além do aplicativo de mensagens, ele é o fundador da empresa Fragment, construída sob a “The Open Network”, ou TON, uma blockchain de primeira camada. Durov focou nesta blockchain até 2020, quando pressões regulatórias fizeram com que ele abandonasse o projeto.

Neste ano a Fragment voltou à ativa com uma plataforma de leilões baseada em blockchain e arrecadou cerca de US$ 50 milhões em nomes de usuário em menos de um mês de vendas. Isso foi possível graças ao TON DNS, que permite a atribuição de nomes legíveis por humanos a endereços de criptografia, contratos inteligentes e sites.

Segundo Durov, “com tecnologias como a TON atingindo seu potencial, a indústria blockchain deve ser finalmente capaz de cumprir sua missão principal - devolver o poder às pessoas.”

Faz pouco tempo que os responsáveis pela rede TON anunciaram um "fundo de resgate" de US$ 126 milhões para apoiar projetos criptográficos destruídos pelo colapso da FTX.

Assim, o fundador do Telegram está capitalizado e pretende usar o valor em mãos para criar um conjunto de ferramentas descentralizadas, incluindo carteiras não custodiais e exchanges descentralizadas. Vale lembrar que a Fragment foi edificada por parte do próprio time do aplicativo de mensagens.

Será que o Telegram quer se posicionar como um dos grandes players da web3? O aplicativo já possui milhões de usuários pelo mundo e é bem aceito entre as comunidades de criptomoedas.

Mas você sabe a diferença entre a web3 e as suas formas anteriores?

A primeira versão da web compreende desde as primeiras redes de computador até aqueles sites dos anos 90 que você provavelmente se lembra. Eles não eram muito atraentes e quase toda informação era dada de forma estática. Não era muito comum interagirmos com outras pessoas pela web e quando conseguíamos, era uma experiência entediante.

Quando falamos da web 2.0, é a internet tal qual usamos nos dias de hoje. A rede mundial de computadores se tornou muito mais rápida, interativa e dinâmica. A comunicação é divertida, mais pessoal.

As compras online se popularizaram com marketplaces como a Amazon, surgiram os indexadores como o Google e as redes sociais da empresa Meta, que nos ajudam a compartilhar nossos momentos em família ou até mesmo aqueles vídeos bonitinhos de filhotes de cachorro com quem amamos.

Mas grandes problemas surgiram com a Web 2. O maior deles é a centralização do poder em grandes empresas da internet. E, pior… muitos dos serviços que utilizamos de forma gratuita, utilizam os nossos dados para criar um banco com nossas informações e utilizá-lo para fazer dinheiro.

Já a web3 tem a ver mais com a estrutura que visa quebrar o monopólio das grandes empresas e dar maior poder aos próprios usuários.

E para essa descentralização, a web3 será executada em blockchain. E, indo mais além, como as redes Web 3.0 operarão por meio de protocolos descentralizados, as criptomoedas são a forma ideal de pagamento nesta nova internet.

Web3, blockchain e criptomoedas serão interoperáveis, perfeitamente integradas, automatizadas por meio de contratos inteligentes. Esta pode ser a base para a tokenização de qualquer coisa, desde micro transações financeiras à armazenamento de arquivos de dados ponto a ponto resistentes à censura.

Bacana ver como as estruturas evoluem e criam soluções inteligentes para os usuários, né?

Elon Musk e Vitalik Buterin estariam unindo forças numa mesma criptomoeda que tomaria o trono do Bitcoin. Será?

Entenda essa história com o Guilherme!

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