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Para iniciar, vamos a um intensivão de revisão sobre mineração em 1 minuto.
A mineração do Bitcoin é um sistema que envolve a resolução de problemas matemáticos para validar transações na rede.
Esses problemas são criados justamente para gastar processamento e energia ao se validar as transações, trazendo segurança. Pense: seria caro demais alguém gastar sozinho tanta energia e dimdim com o intuito de atacar a rede.
Já que não existe almoço grátis, os mineradores que validam um bloco recebem uma recompensa da rede por isso. Eles também recebem as taxas de transação, tudo pago em Bitcoin.
Quanto mais mineradores existem na rede, maior é a dificuldade desses problemas.
A dificuldade de mineração do Bitcoin é ajustada automaticamente cerca de duas vezes por mês. A ideia é que os grupos de transação, chamados de blocos, sejam validados a cada 10 minutos.
Se os blocos estão sendo minerados mais rapidamente do que o previsto, a dificuldade aumenta. Se os blocos estão sendo minerados mais lentamente, a dificuldade diminui para equilibrar o tempo novamente.
Agora que você já aprendeu mais sobre mineração, vamos ao contexto do que está acontecendo…
Você já leu aqui no Telescópio sobre o Ordinals e como isso tem “enxurrado” a rede Bitcoin de transações para a mintagem de NFTs ou tokens BRC-20.
Os blocos estão sempre cheios e as taxas frequentemente acima do valor médio. Recentemente a rede processou 682 mil transações em um só dia.
Só para você ter uma ideia, alguns blocos chegaram a recolher mais taxas das transações do que o próprio incentivo de mineração, que hoje é de 6,25BTC.
Na semana passada, por exemplo, um bloco médio pagava 6,66BTC em taxas.
Aí é aquela… Se tem mais dinheiro rolando, mais gente quer minerar. E depois de uns 15 dias de gente entrando e ligando suas máquinas, lembra o que acontece? Chega o dia do ajuste de mineração, que bateu seu recorde histórico de aumento.
Mas isso não traz só motivos para comemorar… traz mais uma lição importante a ser aprendida.
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